Sinto-me uma marionete! Existe um fantasma fazendo de mim o que bem quer. Perdi o controle. Faz uma semana que não posto nada por aqui. Também, pudera! Tanto amargor só não perde para a experiência infantil de morder uma daquelas cápsulas malditas de óleo de fígado de tubarão ou coisa do gênero.
Vocês já morderam aquela porcaria? Aliás, a mãe de vocês já deu aquela porcaria pra vocês para evitar algum tipo de doença? Eu passei por essa experiência.
A cápsula, gelatinosa, parecia tão legal de mastigar quanto aqueles saquinhos de mel. Sempre gostei mais do saquinho plástico que do mel. Ficava horas mascando aquilo. Aí, um dia, me mandaram engolir a cápsula. Fiquei manobrando aquela bolsinha d´agua inocente com a língua e tive a triste idéia de morder.
Que desespero!
É o tipo do gosto desgraçado que não sai da boca em menos de muitas horas. Não há o que fazer. Nem água, nem doce, nem café, nem outra coisa amarga. Nada.
Nessas horas eu penso que criança também sofre. Elas são mais felizes apenas porque esquecem com mais facilidade as presepadas que a vida, irônica como ela só, lhes aplica.
A vantagem da experiência foi que me tornei uma garota mais desconfiada. Se existe um ditado que se aplica àquela bolinha-de-gosto-horrível-pra-evitar-doenças-e-lombrigas é o tal “quem vê cara, não vê coração.”. Segue a linha!
Bom, o fato é que, com o retorno momentâneo da serenidade, que deve partir em breve e sem justificativas, veio também a saudade de dizer-lhes mais alguma coisa sobre casar.
Ao reler os últimos posts de meu quase marido, percebo que não estou valorizando a mágica do momento vivido por conta de coisas menos importantes que me encurtam a paciência. Afinal, Deus não faria nada que não fosse ótimo, e a família foi estabelecida por Ele. Além disso, Ele ainda me deu o privilégio de estar com alguém especial feito o Andrey, a quem ando devendo alguns pedidos de desculpas pelos meus últimos comportamentos...
Mas eu não vou fazer nada disso não!
É que lembrei-me de um adágio popular que diz: “o casamento é formado por duas pessoas: uma sempre tem razão e a outra é o marido.”